Estranhas Ruas
E quando me enganas
Finjo que as chamas
Não se apagam ao fim
Visto-me de palavras
Perfumando navalhas
Sentada ao botequim
Espelhando vaidades
Do outro lado a idade
Marcada em mim
Desfazendo teus gostos
Desatando-o eu corro
O seu predileto cetim
E o deixo ao vento
Caído ao chão todo o lamento
Não me visto mais assim
São de repente estranhas ruas
Decalcadas formas nuas
Não voltam pro sim.