Terno coração
Quando deito na cama
Lembro dos momentos de outono,
Da folhagem caindo...
De nossas mãos se unindo.
Se eu pudesse
Inventaria uma máquina do tempo,
Para viver momentos eternos,
Com seu carinho terno.
Seu gosto de mel
Intensifica-me,
Delira-me, me domina...
É a minha sina?
O tempo passa dolorido
Sem a presença de tua alma,
Teu perfume adocicado
Faz-me sair do lado errado.
Penso no teu abraço como proteção,
A chave exposta para o meu coração.
A alma que não jaz mais na penumbra
Agora presa no forte cofre da emoção.
Penso ser faíscas de uma paixão,
Que nasce debilmente
De uma grande explosão,
Das raízes, da pulsação.
Minhas entranhas ficam doloridas
Ao imaginar o ponto final,
No mal que se esconde nas avenidas,
No destino, afinal.
Não quero o fim
E sim que pétalas de rosa caiam em mim,
Com o cheiro do teu perfume...
O leve frescor de jasmim.