Os versos que te dou
Fascinada em delírios do amor que te sinto,
Rabisco palavras lascivas num papel desbotado,
Rebentos de lágrimas marcadas pelo tempo,
Busco nas lembranças o formato do teu rosto enevoado...
Mantenedora ainda desse discurso cheio de sentimentos,
A pena tem pena de rabiscar palavras soltas, mas o coração...
Sem sentido e revolto em comoção... Meus delírios,
Escrevo transparências, argumentos, sintomas de prisão.
O papel funde palavras-pensamentos, meus tormentos...
Em querer verbalizar, mas a voz falha atrapalha o meu expor,
Como coadjuvante de um destino sem páginas,
Tento registrar meu endividamento de amor.
Escrevo meu avesso das feridas lambidas pelo tempo,
Escrevo a ausência de mim mesma e a presença de ti,
As estruturas psíquicas de um amor doente, mordaz...
Porém, translúcido e intenso, eterno além das dores,
Porque amores são amores...
Edna Fialho
Fascinada em delírios do amor que te sinto,
Rabisco palavras lascivas num papel desbotado,
Rebentos de lágrimas marcadas pelo tempo,
Busco nas lembranças o formato do teu rosto enevoado...
Mantenedora ainda desse discurso cheio de sentimentos,
A pena tem pena de rabiscar palavras soltas, mas o coração...
Sem sentido e revolto em comoção... Meus delírios,
Escrevo transparências, argumentos, sintomas de prisão.
O papel funde palavras-pensamentos, meus tormentos...
Em querer verbalizar, mas a voz falha atrapalha o meu expor,
Como coadjuvante de um destino sem páginas,
Tento registrar meu endividamento de amor.
Escrevo meu avesso das feridas lambidas pelo tempo,
Escrevo a ausência de mim mesma e a presença de ti,
As estruturas psíquicas de um amor doente, mordaz...
Porém, translúcido e intenso, eterno além das dores,
Porque amores são amores...
Edna Fialho