Círculos

Te desenho um traço,

Quando deveria te desenhar um círculo.

Te escrevo versos sem sentido,

Quando deveria te escrever,

Uma prosa repleta de lirismo.

Entrego-me à total melancolia,

Quando deveria resgatar a tua alegria...

Hostilmente, peço a Deus, chuva...

Quando o Sol ardentemente, almejava

queimar a sua pele pura.

Seguimos em círculos...

Somos relógios sem ponteiros...

Somos navios à deriva em mares tenebrosos...

Já não sabemos dividir as nossas frustrações...

Já não queremos multiplicar as nossas emoções...

Nosso amor permanece e se conclui,

Em sinais de igualdade...

Circulamos em nossa própria angústia,

Estamos perdidos em nossa essência...

E nos confortamos com a nossa própria ausência.

Mayanna Davila Velame
Enviado por Mayanna Davila Velame em 28/11/2010
Código do texto: T2642556
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