Círculos
Te desenho um traço,
Quando deveria te desenhar um círculo.
Te escrevo versos sem sentido,
Quando deveria te escrever,
Uma prosa repleta de lirismo.
Entrego-me à total melancolia,
Quando deveria resgatar a tua alegria...
Hostilmente, peço a Deus, chuva...
Quando o Sol ardentemente, almejava
queimar a sua pele pura.
Seguimos em círculos...
Somos relógios sem ponteiros...
Somos navios à deriva em mares tenebrosos...
Já não sabemos dividir as nossas frustrações...
Já não queremos multiplicar as nossas emoções...
Nosso amor permanece e se conclui,
Em sinais de igualdade...
Circulamos em nossa própria angústia,
Estamos perdidos em nossa essência...
E nos confortamos com a nossa própria ausência.