Não há tempo...
Não há tempo...
Sim, não há mais tanto tempo...
A juventude que antes sorria,
Amarelou...perdeu a cor rósea.
O coração que batia desordenado,
Recolheu-se em batidas tímidas.
Não há tempo?
E quem disse que não há mais tempo?
O tempo não esxiste...
Apenas nos amadurece...
O tempo faz arder nossa pele,
O ar fustiga-nos nosso rosto...
A vida beslica-nos cruelmente...
Não há tempo!
Sim, o tempo somos nós...
O ar que respiramos...
A vida que pulsa em nós,
Os momentos que nos permitimos,
As delícias que nos faz felizes...
Ao gozá-las em noite úmidas...
E ao perfume exalado pelas flores,
Sentirmos que estamos vivos.
Então o tempo...
Que antes não havia...
Porque corríamos muito...
Entregado-nos a redemoinhos...
Hoje é nosso...empregado,
No nosso tempo que reservamos,
Apenas para o nosso tempo,
Que é o tempo...
De nos amar.