DIGA VOCÊ...

As horas passaram ligeiras, perdemos a noção

O sol já espreita pela janela, e deitado aqui estamos no chão

Seu corpo quente acalenta e me alenta

Mas me diga cá, como hei de partir agora?

Pois quando lhe conheci, dei de sonha

Viajo todos os dias, rompo as nuvens afora

Vejo estrelas, dedilho cantares na aurora

Mas venha e me diz, onde devo ir agora.

As pernas estão bambas, como caminhar

Mas lembro de nossas aventuras, bambeava por ternura

As travessuras da noite eternas, envoltos sobre o colchão

O sangue correndo na veia e o amor explodindo no coração.

Mas volto à pergunta, por onde devo ir

Pois a desordem em meu armário não consegue seguir

Vejo o meu terno enlaçado em seu vestido

E o meu sapato ainda esta junto ao teu...

Sinto-me o descaso, nu ao todo

Afague-me e abrace não me deixe ir

Pois não tenho forças para prosseguir

E agora me conta, ainda devo partir.

"um poema baseado numa letra de musica de CHICO BUARQUE".

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 27/11/2010
Código do texto: T2640150
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