SENHORA

“SENHORA”

Forte teor

Das flores em campo

Que cobrem

Os olhos de trigo

Tão disformes

De imagens que se contorcem

Magnânimas

E se expandem

Afeito a cores

germânicas

Pelo frescor

Dos uniformes

Formei-me a que tempo?

Vejo teu olhar

Tomo teus braços

Para mim

Como trilham

E se convidam

edificantes

Pois se repartem

Em raios fulgurantes

Figurantes por bem

A quem...

Quando me excitam

Esfuziantes

Como bases

Para viver

O gozo mais puro

Dos mártires

A calmaria ataca

Meus medos

A faca corta meus dedos

Ao protegê-los

Para que brotem

E te desenhem como o tempo

Como um sonho

De recorte

Em que todos

Suspiram

Para se irem ao seu encontro

Novo

De sorte

O trono

A maquiagem

Mesmo os senhores

São todos servis

Civis

Vão ao campo de batalha

Por arrependimento

Pois pressentem,

A todo instante

Que este infante

Suplica

intermitente

Pelo vosso amor

De sempre

Que me acerta

Que revela

Sua vida...

Que me amina

Anima...

Nobre ato

Dos que se entendem

Como um fato

A que todos se rendem

Eu vejo uma ameixa amarela

E tu me dizes que se chama nêspera

Espera-se de ti

De tu senhora

Que ordenes

Qual será o meu fim?

Será amar-te,

Será amparar-te por todo momento

Será beijar-te pelo resto do tempo

Em que ainda tenho minha vida?

Senhora,

Dou-te meu nome

E meu arrependimento

Dou-te os meus sons

De todo momento

Os meus sonhos

São somente o começo,

Do endereço

Em que todos me encontrem.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 26/11/2010
Código do texto: T2637967