SENHORA
“SENHORA”
Forte teor
Das flores em campo
Que cobrem
Os olhos de trigo
Tão disformes
De imagens que se contorcem
Magnânimas
E se expandem
Afeito a cores
germânicas
Pelo frescor
Dos uniformes
Formei-me a que tempo?
Vejo teu olhar
Tomo teus braços
Para mim
Como trilham
E se convidam
edificantes
Pois se repartem
Em raios fulgurantes
Figurantes por bem
A quem...
Quando me excitam
Esfuziantes
Como bases
Para viver
O gozo mais puro
Dos mártires
A calmaria ataca
Meus medos
A faca corta meus dedos
Ao protegê-los
Para que brotem
E te desenhem como o tempo
Como um sonho
De recorte
Em que todos
Suspiram
Para se irem ao seu encontro
Novo
De sorte
O trono
A maquiagem
Mesmo os senhores
São todos servis
Civis
Vão ao campo de batalha
Por arrependimento
Pois pressentem,
A todo instante
Que este infante
Suplica
intermitente
Pelo vosso amor
De sempre
Que me acerta
Que revela
Sua vida...
Que me amina
Anima...
Nobre ato
Dos que se entendem
Como um fato
A que todos se rendem
Eu vejo uma ameixa amarela
E tu me dizes que se chama nêspera
Espera-se de ti
De tu senhora
Que ordenes
Qual será o meu fim?
Será amar-te,
Será amparar-te por todo momento
Será beijar-te pelo resto do tempo
Em que ainda tenho minha vida?
Senhora,
Dou-te meu nome
E meu arrependimento
Dou-te os meus sons
De todo momento
Os meus sonhos
São somente o começo,
Do endereço
Em que todos me encontrem.