Tudo começa com uma carta de amor

Tudo começa como uma faísca

Que vira chama,

que tira o sono,

Que atormenta…

Tudo começa no silêncio,

que grita,

no pensamento,

por um momento,

te abandona…

E Derrepende,

Tudo se sente,

e nada mais,

faz mais sentido…

No quarto escuro,

De batom, escrito no vidro,

Versos simples,

de amor cincero…

Os dias passam lentamente,

e tão rapidamente,

como as lembranças

que se projetam.

Na sua estante,

várias fotografias,

e na lixeira,

cartas que representam a confusão,

de conter as palavras,

de não ser ridículo ou mesmo frio.

Cartas que nunca vão,

além de quem as escreveu e a lixeira.

Pois o verdadeiro amor está escrito no coração,

e nos olhos de quem o porta,

silencioso, ao lado da porta,

espera ver, quem ama,

surgindo comò o vento…

Leve, silenciosa e doce,

Beijar-te a face, tocar-te os sonhos,

e suspirar baxinho ao ouvido:

_eu te amo.