NÓS SABÍAMOS QUE
ERA PARA
S
E
M
P
R
E
Com esse seu jeito voraz ela me
comia com os olhos,
como se eu fosse a sua tortinha
deliciosa de morangos silvestres.
Mas mesmo assim era tão esquiva
como uma corça.
Havia nesse seu rosto a força
de um antigo retrato,
que eu em pensamento tentava
agora me lembrar,
apesar dela ter acabado de me
dizer um até mais ver.
Hoje, estávamos ensaiando para
cavalgar nosso destino.
A lua estava de um lado e meu
desejo bem do outro,
e havia entre nós um limite
de uma contida paixão.
Melhor era mesmo que nesta
fase dos primeiros pores de sol
tudo se
mantivesse como sempre havia
sido,
mesmo quando juntos
cavalgávamos aquelas belas
noites de lua cheia,
quando então eu podia ver
seus
cabelos se agitando
nos profundos vales da
nossa magia,
enquanto céleres os cerros
passavam diante de nossos
olhos,
como se a nossa própria vida
passasse diante de um relógio
indiferente...
Os cavalos resfolegavam...
em nossos galopes
E ela depois..já desmontando...
dizia-me :
Olha como eu estou suada...
meu querido,olha só...
E eu lhe dizia: sim eu também
estou transpirando muito...
querida amiga.Olha !
Estou todo molhado.
A noite sempre era quente,
sempre quente.
Então eu tirava a camisa que
me incomodava.
E ela tirava a blusa e depois
acabava vindo me abraçar
com seu inebriante calor.
A lua cheia esfriava as
longínquas terras dos Cocais.
E se podia ouvir ainda,
mesmo na noite, aquele grasnar
das garças reais...
que circulando em bandos,
buscavam pouso no majestoso
reduto dos jatobás.
Depois ali mesmo...
amarrávamos os cavalos
cansados num pé de ingá.
E nos estirávamos...
naquela relva um tanto agreste,
mas que recebia nossos
corpos abrasados,
enquanto nos refrescávamos
em sua umidade.
Depois nossos corpos se
aproximavam instintivamente
para sorver um no outro as
delícias da paixão,
que agora se soltavam e que,
como um rio, nada segurava.
Mais tarde...bem mais tarde...
ela no meu ouvido sussuraria ...
eu te adoro...
quero ser tua amiga para sempre,
querido.
E eu quietinho nem falava nada,
pois já sabia que era para sempre !
E ela também sabia...
que era para sempre,sempre e
sempre !!!
Ah !!! Doce morena...
Ah !!! Doce amiga...
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
Autor: Cássio Seagull
Poesia que fiz em 25-11-10 às 22 h em SP
Lua cheia – sol e chuvas – 27 graus
Beijos e abraços para você...boa sexta.
Cseagull2@hotmail.com
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
ERA PARA
S
E
M
P
R
E
Com esse seu jeito voraz ela me
comia com os olhos,
como se eu fosse a sua tortinha
deliciosa de morangos silvestres.
Mas mesmo assim era tão esquiva
como uma corça.
Havia nesse seu rosto a força
de um antigo retrato,
que eu em pensamento tentava
agora me lembrar,
apesar dela ter acabado de me
dizer um até mais ver.
Hoje, estávamos ensaiando para
cavalgar nosso destino.
A lua estava de um lado e meu
desejo bem do outro,
e havia entre nós um limite
de uma contida paixão.
Melhor era mesmo que nesta
fase dos primeiros pores de sol
tudo se
mantivesse como sempre havia
sido,
mesmo quando juntos
cavalgávamos aquelas belas
noites de lua cheia,
quando então eu podia ver
seus
cabelos se agitando
nos profundos vales da
nossa magia,
enquanto céleres os cerros
passavam diante de nossos
olhos,
como se a nossa própria vida
passasse diante de um relógio
indiferente...
Os cavalos resfolegavam...
em nossos galopes
E ela depois..já desmontando...
dizia-me :
Olha como eu estou suada...
meu querido,olha só...
E eu lhe dizia: sim eu também
estou transpirando muito...
querida amiga.Olha !
Estou todo molhado.
A noite sempre era quente,
sempre quente.
Então eu tirava a camisa que
me incomodava.
E ela tirava a blusa e depois
acabava vindo me abraçar
com seu inebriante calor.
A lua cheia esfriava as
longínquas terras dos Cocais.
E se podia ouvir ainda,
mesmo na noite, aquele grasnar
das garças reais...
que circulando em bandos,
buscavam pouso no majestoso
reduto dos jatobás.
Depois ali mesmo...
amarrávamos os cavalos
cansados num pé de ingá.
E nos estirávamos...
naquela relva um tanto agreste,
mas que recebia nossos
corpos abrasados,
enquanto nos refrescávamos
em sua umidade.
Depois nossos corpos se
aproximavam instintivamente
para sorver um no outro as
delícias da paixão,
que agora se soltavam e que,
como um rio, nada segurava.
Mais tarde...bem mais tarde...
ela no meu ouvido sussuraria ...
eu te adoro...
quero ser tua amiga para sempre,
querido.
E eu quietinho nem falava nada,
pois já sabia que era para sempre !
E ela também sabia...
que era para sempre,sempre e
sempre !!!
Ah !!! Doce morena...
Ah !!! Doce amiga...
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Autor: Cássio Seagull
Poesia que fiz em 25-11-10 às 22 h em SP
Lua cheia – sol e chuvas – 27 graus
Beijos e abraços para você...boa sexta.
Cseagull2@hotmail.com
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