Se houvesse a reciprocidade,
seria muito mais difícil vagar:
longe dos carinhos e dos abraços,
que ofereces às vezes ao passar.
Se me amasses como eu te amo,
(e isso nem tem relevância).
Eu nem seria mais a sombra,
que te persegue cambaleando.
Se soubesses que tu és ar que respiro,
abriria as janelas todas as manhãs,
mandando mensagem de esperança:
pelo Braille inventado pelos amantes.
Sabes!
Mas não há concordância,
tão pouco a mínima cumplicidade.
Mas se eu ganhasse a oportunidade,
de fazer arranjo em sua melodia,
eu seria muito, muito mais infeliz:
Sem saber onde esconder,
esta nossa parceria.