Iemanjá vem salvar Ogum
Foi um sonho em batalha no meio da tormenta e da tempestade
Esquivado do calabouço medieval criado pela vaidade
Onde lutei bravamente como guerreiro do ferro, da justiça e da verdade.
Não havia fuga entre a fera e a corrente
Foi uma luta viril e vigorosa cruzando rios e planícies sob o sol inclemente
Com golpes certeiros, minha espada castrava o ódio dos olhos estampados impunimente.
O céu escureceu.
A água turva do rio desceu.
Banhou as terras e na areia do mar amanheceu
Cansado e tomado pela ira da guerra
Deixei minha lâmina afiada pousada sobre colo da Serra
Meus olhos marejados eram a expressão da dor. Havia sido uma noite infinita.
Roguei aos anjos uma guarita, porque meu peito ardia e minha fala não se abria.
Ao redor da tua cintura, temendo o fim, abracei-a com minha mão fria.
Ondas azuis e o mar calmo
No meu peito um peso dilacerando-me como alvo
Até sentir seu abraço sincero me fazer sentir são e salvo
Deixei o campo de batalha e dele fui mais forte
Correndo para o sol na direção norte
Depois de guardar minha espada e não desejar mais a morte
Para viver novo caminho e desfrutar eternamente da minha sorte
Afinal, enquanto eu dormia.
Você já existia