Amor
Doi-me no peito ferido,
Saudade de um amor consumado,
Ternura de alguém tão querido,
Lembranças de carinho orvalhado.
Foram anos de momento ditosos,
Felizes e repletos de amor,
Anos de carinhos fervorosos,
Deixando marcas de dor.
Alento que me trás a lembrança,
Dos afetos e ternos beijos fruídos,
Sufocando o vicejar da esperança,
Desejos no cerne d'alma sentidos.
Quem sabe algum dia o destino,
Debruado de profunda alegria,
Transformando o sonho do infeliz paladino,
A sepultar um aluvião de agonia.