AS EMOÇÕES POR TI
“AS EMOÇÕES POR TI”
Por ti o choro se esvai,
Sonho inútil
De para ti não existir
O fútil e distante
Suprir
Em que se cai,
O rir
Pois, já não é mais...
Um ir,
Que a esperança de regressar
Para de mim,
Despedir-se,
Para não mais permitir
Que o resistir
Desampare,
Um mais que chorar;
Para que o mar
Não se deixe desistir
De ferir o navegar
Para um braço
Que ao cair,
Venha-se despedir
E ao fim, se despedaçar.
Quando a ilusão
Se abastar
Abalar, aviltar,
Violar o fim
Para ficar apenas no sim,
De se amparar,
Por mim
Bastar de se dar
De se querer,
De espairecer,
Acuar o ar
Falar, pulsar,
Fadar um morrer sincero
Pois bem, eu te quero,
Quando se dizem sem razão
Os meros versos
Para que apenas possamos ficar
Com os caprichos dos pensamentos mais inquietos
Sonho de um sono múltiplo
Súdito de apenas não se impedir
Que venhas,
Sem nunca de mim, desistir.
Mais que a meus sonhos ignorar
Fartar para que vigore
O entardecer,
Em vestes
Que enternece
A prece
Para que noite se vá,
E se faça dar a alguém
Que sem ninguém se despreze
Para que de repente, se desprenda,
Ao acusar!
Amargura e loucura
De um mesmo fim,
Que desistir da casa,
Da que não vim
Divagar e devagar
Apreciar um vagar
Um sonho,
Um encontro,
Em só se estar
Figurar como a morte,
Que contempla
O renascer do amor
Para empobrecer o pôr dos olhos cabisbaixos
Deixando a alegria despedaçar,
- O acho...
Do alto de seu desertor
Ao encontro que cora
O céu mais azul
De todo o amor
O romance que não é feito de antes,
É lance
Para que se dance
E então se avance
A caminho do esplendor,
Revelar-se!
Pendor
A cor, o labor,
No calor do favor,
Verdadeiro
Para quem se encontrou
Carpinteiro
E expelir faceiro
O seu resplendor
Benzer o mau
O capital, o sal de não se querer,
De se perder
De se inverter
A vazão,
A prisão:
Que me libertar
De não te perder.
O quem, de quem,
Por Deus viveu,
E se deu.
Gêmeo
Gênio,
Que enfeitiça,
Que atiça o dissabor
Orgulho que vier a privar
As emoções daquela mulher
Vil a me matar
Pagã e anã de paladar,
Para que se queira amar
Afinal o mal
É a cal de sepultar
É a linha em flor
É a rixa sem amor
Sem o valor,
Da volta
Trota e bate em meu peito,
Em falsete,
As rosas que dopam
Convincentes,
Por minha intuição,
Querem ficar.
Carinhoso amor risonho
Distante e sedoso
Composto de amá-la
Para que ao amá-la
Eu venha a amar a mim
E não sepultá-lo ao fim
Fuga em que se cura,
Que se culpa,
Amar, por sim,
Para que surja
Para que se furta,
Quem se usa
E se burla
Com o mais lúdico carmim
Multa que não se anula
Mesmo que iluda
Mesmo que tremida se escuta,
E se insulta
Os lábios mais ferinos
Com um ferido “sim!”,
A se contemplar.
Onde está o doce,
Mais rústico
Mais acústico,
Mais único,
Mais público
Que o público beijo
Em que venho beijar?
O dia encerrou-se
E trouxe toda a dor
De alguém que não se quis
Castigo que se implorou,
Não mais existir
Que um unir
Sem refletir
As emoções
Que por ti vivi.