Anjo sem asa
Eu acreditei em suas mentiras
uma a uma em fatias as degustei,
fazendo dos laços dos seus braços macios
o invólucro de um presente e a você me doei.
Dias quentes, noites em brasas
viraram-me exaurida de tanto ardor,
transformando-me depois de orgasmos infindos
em lápide viva, incendiada de amor.
Eu sonhei seus sonhos e em você cresci,
com você chorei me alucinei; sorri!
Reinventei o gosto do amargo pra não sentir,
A boca ressecar e o sorriso se calar ao você partir.
Admirei sua essência envolvente; marginal!
Enlacei-me no ápice da oferenda das rendas do seu amor,
Degustando seus beijos ardentes com sofreguidão; furor!
Afastando-me do mundo pra viver com você, lindo torpor.
Eu acreditei em suas mentiras
quando me dizias nunca deixar de me amar,
quando me chamavas de “Anjo”,
Mas... Me levastes uma das asas,
e hoje cativa pela janela a olhar, não consigo voar.
Olho um missionário céu a doutrinar,
já não encontro seu rastro, seu gosto em outro beijar,
o silêncio me condena a masmorra porque,
sem minha outra metade da asa eu não posso mais lhe buscar.
Edna Fialho
Eu acreditei em suas mentiras
uma a uma em fatias as degustei,
fazendo dos laços dos seus braços macios
o invólucro de um presente e a você me doei.
Dias quentes, noites em brasas
viraram-me exaurida de tanto ardor,
transformando-me depois de orgasmos infindos
em lápide viva, incendiada de amor.
Eu sonhei seus sonhos e em você cresci,
com você chorei me alucinei; sorri!
Reinventei o gosto do amargo pra não sentir,
A boca ressecar e o sorriso se calar ao você partir.
Admirei sua essência envolvente; marginal!
Enlacei-me no ápice da oferenda das rendas do seu amor,
Degustando seus beijos ardentes com sofreguidão; furor!
Afastando-me do mundo pra viver com você, lindo torpor.
Eu acreditei em suas mentiras
quando me dizias nunca deixar de me amar,
quando me chamavas de “Anjo”,
Mas... Me levastes uma das asas,
e hoje cativa pela janela a olhar, não consigo voar.
Olho um missionário céu a doutrinar,
já não encontro seu rastro, seu gosto em outro beijar,
o silêncio me condena a masmorra porque,
sem minha outra metade da asa eu não posso mais lhe buscar.
Edna Fialho