Noite Vermelha - II


Uma tristeza,
Silenciosa, melancólica,
Novamente estou só nesta noite.

Amor imbecil, não consigo dormir,
Pensando nela, somente nela.
A amargura
Faz parte da madrugada,
Outro cigarro, mais uma garrafa vazia.

Da janela
Olho a rua calma, a cama desarrumada,
Música decorada.

Ânsia interminável,
Neste quarto, um poema traduzindo em dor
Meu sofrimento.

Simples ser, um escravo,
Escrevo e choro.

Mãos de aço, trêmulas, mãos dramáticas,
Carrascas, mãos.

Mãos
De segurar o coração
Em uma noite louca, agonizante.

Mãos,
Vermelhas de sangue.

                                     
  egpoesias@hotmail.com

EDIR GONÇALVES
Enviado por EDIR GONÇALVES em 23/11/2010
Reeditado em 07/05/2013
Código do texto: T2631773
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