OBRIGADA POR EXISTIR

Duvido que não sinta nada
quando encontra meus olhos
revendo o filme que vivemos.
Duvido que não suspire fundo
pelo menos na hora do banho.
onde não precisa mentir pra si.

Duvido que consiga fazer amor
sem lembrar do que vivemos.
Daquele desbravar de matas,
oásis encontrado, nús em pelo.
Duvido que não ouça minha voz
sussurrando promessas, apelos.

Duvido que ao ouvir nossa música
não traduza meu nome no meio
entre cada palavra repetida.
Mesmo tendo perdido as aulas,
onde falei de toda minha vida.

Duvido que consigas dormir,
sem dar aquele leve sorriso
lembrando do insano delirio.
Duvido eu ter existido sem ti.
Então amor, obrigada por existir.

Railda
Enviado por Railda em 23/11/2010
Reeditado em 22/07/2013
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