Amor Platônico
ELE:
Até quando irás tratar-me desta forma,
Com tanta frieza e tantas indiferenças.
Será que fizeste disto, lei, ou norma,
Ou em coisas do coração já não pensas.
Dizei-me meu amor, abra o jogo
E confessas-me que queimas igual o fogo.
ELA:
Eu sei querido, o quanto tu me queres,
E que às vezes fazes-me agrados tantos,
E outras vezes, com palavras tu me feres;
Fazendo com que me duplique os prantos.
Só peço-te que sejas mais compreensivo,
Pois tu sabes que é para te amar que vivo.
ELE:
Então, porque razão de mim, te esquivas?
Quando tento prender-te em meus braços
Tu foges, sem deixar sequer alternativas.
Sabendo que o tempo e a vida são escassos,
E em breve, muito em breve tudo passsa,
Evola-se, e some no ar feito fumaça.
ELA:
Digo-te novamente, Ó bem amado,
E te direi quantas vezes for preciso,
Que tu estás totalmente enganado,
E talvez por isso, é que vives indeciso,
Não fujo de ti, nem tampouco me esquivo,
Por que sem teu amor, meu amor, não vivo.
ELE:
Quem dera, fosse verdade o que dizes,
Certamente eu não seria assim tão triste;
Pois já estaríamos casados e felizes,
E, eu poderia enfim gritar que o amor existe.
No entanto, vivo aqui completamente sozinho,
E sempre mendigando o teu carinho.
ELA:
Mais uma vez meu amor, vês, se me entendas,
E sossegas esta ânsia que tens na alma.
Eu só não quero que mais tarde te arrependas,
E não digas que tirei de ti, toda tua calma.
Se, te sentes só, não lamentes tua sorte,
Pois nada há de nos separar, nem mesmo a morte!...