Não me nego mais de ti (#3)

(...)

Quantas vezes você disse que sou belo,

Queria que fosse mais o que provoca dizer

O começo é doce, mas de amargo inquieto

Como não pode, dizer-me o quero saber

Diga a frase de som diminuto

Um “amo-te” quase mudo

É-me já mais que tudo

Mas é fruto que nem tento mais o furto

Quantas vezes, mandei-te para o inferno

Fui perverso, ainda escrevi num caderno

Glorias na face, mas tremor interno

Eu na cadeira 25 no mesmo trem expresso

Quantas vezes pensei em amar-te nunca

Ou, amar-te menos; com menos bagunça

Queria-te água rasa e não tão funda

Tenho a teima conjugar o amor

Serei teu gerúndio como Deus mandou