Outro Fim
Os versos se fazem
enquanto os sentidos jazem.
Foi-se o amor.
Lua nunca cheia
nessa solidão que tudo permeia.
De quantos fios será essa teia?
Derrubados os castelos de areia
sigo em busca de outra sereia,
de nova paixão e meia
e da placidez de uma aldeia.
Quem sabe se noutra praia
uma estrela caia
qual lágrima de Gaia?
Quem sabe se num rompante
nova paixão galopante
preencha esse vazio sufocante.
E talvez por nova Musa, quem sabe,
a solidão não acabe?