Palavras 0181 - O dia em que a vida morreu

Que luz ronda minha alma

e a insone noite,

onde batem as portas

de um céu azul,

uma constelação invisível

a meditar um Deus.

Quem sou eu agora,

separado dos anjos bons,

uma lanterna sem luz,

jamais tocado no amor:

impassível dos atos,

impossível de sonhos,

quando decido, é depois,

pra nunca experimentar o agora.

Sou a metade de uma arca,

um projeto,

o pensamento misterioso,

devolvam-me ou

guarda-me em segredo,

no teu corpo de carne impura,

onde relógios batem horas, anos,

minutos passam até morrer as flores.

Talvez lá...

Em um dia que a vida morrer,

no reino da nova luz,

um novo pensamento,

uma fantasia misteriosa,

um louco, absolutamente eu,

serei sepultado numa estrela,

branca, limpa, como minha luz.

22/11/2010

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 22/11/2010
Código do texto: T2630255
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