Amor faraônico...
Vem passeia pelo meu corpo e decifra-me
Sou a esfinge de uma alma enclausurada,
Sou o segredo Maia e faraônico,
Sou a parte reversa de seu sonho inacabado...
Repousa teu rosto por entre meus seios,
Meus vales querem ser preenchidos por você,
Percorra-me em mil minúcias,
Possua-me de acordo com a tua fome.
Sou aquela que nunca errou o nome,
A mesma que te acolhe e acaricia,
Cuja noite já passou dançando com você nas nuvens,
E que dos dias fez lugar fresco de tuas memórias.
Investiga-me, para que suas dúvidas dissipem,
Porque seu ciúme é infundado,
Sou cega, surda e muda para os outros...
Meu templo só por você foi tocado.
Sonda-me nas entranhas e terá a surpresa,
Mil promessas, mil dilemas, mil vontades...
Tudo teu, tudo em mim, tudo, tudo...
Meu eu é que te espera impaciente.
É você o meu sol da meia-noite,
Minha mais soberba e humilde loucura,
Meu motivo de ir na beira do cais,
Minha escolha por me manter menina para sempre...
...E para você!
Por milhares de anos, em milhares de milhas,
Cruzando dunas de areia em deserto escaldante,
Guardo pra você a jóia rara do Egito,
Meu coração é teu faraó...
Enlace-me, una tua boca à minha,
Traduza o criptograma...
Me faça ver que sou parte de teu eterno domínio...
Me provoque, preencha em mim os meus vazios...
Benção ou maldição ...Não sei...
Somos almas seculares co-habitantes nesta mesma pirâmide!