AMO-TE
Ainda
não sei bem
porquê
talvez na conta
infinitamente confusa
que o teu Deus fez
Amo-te
Em silêncio
com toda a amizade
porque este podia ser um poema
sem ser de amor
pois adoro-te para além disso
com a enorme força
da minha interioridade
Amo-te
Nas pequenas coisas
que vou fazendo
juntando
às enormes
para matar o tempo
que passa
na minha mágica ampulheta
em que o tempo
é tanto
meu inimigo
como amigo
quando sinto
que me faltas
que de alguma forma
me completas
em palavras
que nunca terão fim
nesse estrada infinita
por onde te quero acompanhar
distantes
mas juntos
cada um
no seu lugar
Amo-te