C E G O
CEGO
Sou um cego perdido na multidão,
Nada se vê mais fala:
- Onde está ela nessa escuridão?
Sua voz vai sumindo e cala.
Está nas retinias do coração.
Entra na casa e lhe espera na sala...
Deus meu devolva-me a visão,
Dou-lhe meus versos minha senzala,
Por um minuto do divino clarão...
Sou um cego que não vê mais fala,
Foi-se sem nenhuma razão.
E de mansinho a voz se cala...
Goiânia, 19 de novembro de 2010.