Nunca percebi…
Os segundos sentidos do afecto
Pois quando sinto
Digo o que sinto
Não me enredo em tais teias
Das quais não consiga sair
Gosto pronto
Não o disfarço
Solto-me
Começo a sorrir
Sim…
Eu compreendo que o amor é uma arte
Com diferentes perspectivas
Mas encaro tal
De uma forma minimalista
Amo e deixo de amar
Para voltar a amar
Sem deixar
As conhecidas
Profundas e lancinantes feridas…
Por isso não compreendo as pessoas que amam
E que complicam esse sentir
Não compreendo que quem ama
Tenha que mentir
Tenha que ferir
Para fugir de que sombra
De que pesadelo?
Amar é ter asas de sonho
E seguir esse sonho
Tornando no caminho
Tudo simples
Tudo ligeiro
Amar é brincar
Ser conciso
E objectivo
E não fazer do amor
Um inacessível mistério…