Ode ao amor
E ainda que o amor deixe a desejar
Quando não se faça intenso, apaixonado
E amigo,
E ainda que desencante,
ao ferir o coração, os sonhos
e as entranhas
E que transborde d'alma
Naufragando tudo o que existe além de si
Sobre a Terra...
Ainda assim,
Que não se preparem teses
que resolvam, controlem e esgotem
O fenômeno do amor.
Mas que seja sempre
Indefinível alento
Que chega de improviso
Surpreendendo a sapiência
dos homens e dos deuses
Como um rio que dança pelas veias
O seu alucinado movimento cósmico.
E que o amor seja ainda,
O maior argumento do poeta
Obstinado na expansão
Da consciência,
E em estancar o sangue
Das angústias espirituais
Seja o instrumento de revanche
Contra a hipocrisia
E as misérias do mundo
Pela liberdade e auto-expressão.
Que seja intransponível pela razão,
a matemática e a lógica
E inacessível pela compreensão,
a vontade e a lei.
Incontrolável como as rédeas
do karma,
que galopa na crina da aurora
E as lavas de um vulcão
Em ebulição.
Para que o amor nos ensine
Sempre,
A sermos mágicos, poetas
e felizes...
A cada nova investida,
A cada declinação da natureza
E da sexualidade
Entre o paraíso e o inferno
De ser.
E ainda que o amor deixe a desejar
Quando não se faça intenso, apaixonado
E amigo,
E ainda que desencante,
ao ferir o coração, os sonhos
e as entranhas
E que transborde d'alma
Naufragando tudo o que existe além de si
Sobre a Terra...
Ainda assim,
Que não se preparem teses
que resolvam, controlem e esgotem
O fenômeno do amor.
Mas que seja sempre
Indefinível alento
Que chega de improviso
Surpreendendo a sapiência
dos homens e dos deuses
Como um rio que dança pelas veias
O seu alucinado movimento cósmico.
E que o amor seja ainda,
O maior argumento do poeta
Obstinado na expansão
Da consciência,
E em estancar o sangue
Das angústias espirituais
Seja o instrumento de revanche
Contra a hipocrisia
E as misérias do mundo
Pela liberdade e auto-expressão.
Que seja intransponível pela razão,
a matemática e a lógica
E inacessível pela compreensão,
a vontade e a lei.
Incontrolável como as rédeas
do karma,
que galopa na crina da aurora
E as lavas de um vulcão
Em ebulição.
Para que o amor nos ensine
Sempre,
A sermos mágicos, poetas
e felizes...
A cada nova investida,
A cada declinação da natureza
E da sexualidade
Entre o paraíso e o inferno
De ser.