Achado (parceiros líricos)

O amor que atormentava minha alma

E dilacerava meu coração,

Prosseguiu em brados cada vez mais altos,

Agudos, aterrorizantes.

Doravante cheguei ao cume luminoso

E sereno da montanha.

O cavaleiro salvou a princesa.

E de mãos dadas tornou-se seu mestre.

Entrementes no devir do desanuviar

Os baús de memórias transbordantes

Desprenderam uma fumaça margenta-azulada

Na sua irremediável vagabundagem etílica.

Com o coração alvoraçado de felicidade

Deleito-me na música-cor de melodias tão harmoniosas

Presenteadas pelo universo

Numa antiguidade reluzente,

Hermeticamente fechada e tornou-se o céu aberto

Do cavaleiro das nuvens.

Hoje sinto a quietude da paz

Do amor consumado.

Cores floreiam o céu iluminado pela cor-metal

Do alumínio.

Vivo o momento.

A dor iracunda transformou-se

Arco-brilho-íris

Transbordando de felicidade

Um coração que já não sentia.

kelen
Enviado por kelen em 16/11/2010
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