QUANTAS SAUDADES
Teu abandono
Me espanta
Sob os sóis
Que aquecem
Faz-me muita falta
E sei que levaste
Também um pedaço de mim
Embalado numa pedra de gelo
Minha tristeza se arrasta
Noite adentro, a sonhar
Conjuga-me, senhor, no
Verbo presente novamente...
Aí, quem sabe as Luas abrandarão
O silêncio junto ao desejo de estar
Amamenta-me em teus fartos peitos
Do alimento guardado aí em teu coração...