Boca que amei
São meus olhos ébrios
Desgastados nos prados,
Embeberes em sombras
Olhos diamantinos povoados de solidão
Oleosos olhos de criança perdida
Sol oculto na alma embevecida.
São teus encantos sonolentos
Cheios de anteparas e farpas
Emaranhada alma sem sol
Estrada de mares sem atol
Não direi mais nada que não sei
Não serei mais nada que serei
Não beijarei a boca que amei