Meu ‘postal’ é o que vejo
Meu turismo é em meu quarto
Vivo preso a mim mesmo
Sem querer sair daqui.
Morro de tanto querer
De querer fugir daqui
Mas adoro este calor
E a ingratidão deste terreno.
Sofro ficando aqui
Mas morro se abandonar
Pois sou parte desta terra.
Meu sangue corre no rio
Meu pulso pulsa no sol
Meu coração bate no chão.
Jequié, 09 de janeiro de 1992, às 21:55 horas