O café ao norte de Paris
O automatismo é irremediável,
e meu poema cheira a vodka.
Jane Avril atravessa a rua,
Satie atira moedas na sarjeta
e meu copo de absinto está na metade.
Como detesto o amor mais ou menos!
Como desprezo essa dança sem fins lucrativos!
Meu amor se perde entre vômito e narcose,
Até que eu o diviso nas mãos do palhaço triste e neurótico.