AMOR INOCENTE, AMOR!

O seu visível corpo nu que enlouquece

Faz-me um astucioso defronte à paixão.

Atrevimento silente e sempre envaidece

Beira o lapso do ato, a devassa emoção.

Benigno instrumento, um terno presente

Sem percalços se apresenta verdadeiro.

Num fato constante, inexato e inocente

Perfaz esta glória e me atiça por inteiro.

Não me repreenderei, jamais. Ó linda flor!

Ícone adorado no surpreendente desejo.

Princesa dos meus sonhos e doce amor

E segrega no íntimo o esmero benfazejo.

Não ouso intimidar àquilo que bem sinto

Homem que persegue uma gostosa sina.

Abnegado amante e reinventivo consinto

Beijos, abraços, carícia, delícia feminina.

Devotado me valho dessa amena certeza

Seus lábios rosados e prontos a me tocar.

Inegável explosão dessa inequívoca beleza.

Referendo ideal, e anuncia singelo versejar.

Inocente amor no santificado pensamento

Que nas entrelinhas despertou a tal magia.

Há muito não escrevia e no acometimento

Uma luz surgiu altiva e tirou-me da letargia.

Pirapora/MG, 14/11/10.