AMARGURA DE UM TROVADOR

AMARGURA DE UM TROVADOR

Amargura, cadáver de minh’alma em tormenta,

Séqüito fúnebre de uma felicidade que morreu;

Aleivosa existência de uma ventura tão sedenta,

Por amor a uma mulher que jamais aconteceu.

Calvário maldito que conduz à cruciante solidão,

Desce ao sepulcro os líbitos de um enamorado;

Meus olhos lagrimados revestem todo coração,

Das agruras em constância de um desventurado.

Açoites impiedosos, súplicas do meu sentimento,

Na pretensão sublime em sempre querer amar;

Sentencia o destino seu implacável sofrimento,

Ao mais frágil sonhador que não pára de chorar.

Soma de quimeras sepultadas no esquecimento,

Infausto evento de um agro trovador a versificar.

Rivadávia Leite