INCERTEZA
Insensivelmente
Arrancasses a roupa
Dos meus sonhos
Despindo-me de tudo
Que eu acreditava
Deixando o meu sonho
Sem corpo
Pelo ardor do calor
Da alma ferida...
Com a morte dos sonhos
Fiquei destituída de ilusões
Como um barco vazio
Levado pelo vento
Sem mastro, sem âncora
Sem amarras, sem rastro
Só você no pensamento...
Você...
Uma ferida aberta
Que dói que sangra...
A dor me diz que estou viva
O vazio tem a cara da morte.
Ou do inferno do qual
Sou o único habitante
Eu e você, em mim...
A dor se encolhe, se espalha
Mas não mata, ata-me ao relógio
Da vida, cujos ponteiros
Percorrem a linha do tempo
Sem pressa de ir ou vir
Sem a certeza de você
Sem a certeza de mim...