INCERTEZA

Insensivelmente

Arrancasses a roupa

Dos meus sonhos

Despindo-me de tudo

Que eu acreditava

Deixando o meu sonho

Sem corpo

Pelo ardor do calor

Da alma ferida...

Com a morte dos sonhos

Fiquei destituída de ilusões

Como um barco vazio

Levado pelo vento

Sem mastro, sem âncora

Sem amarras, sem rastro

Só você no pensamento...

Você...

Uma ferida aberta

Que dói que sangra...

A dor me diz que estou viva

O vazio tem a cara da morte.

Ou do inferno do qual

Sou o único habitante

Eu e você, em mim...

A dor se encolhe, se espalha

Mas não mata, ata-me ao relógio

Da vida, cujos ponteiros

Percorrem a linha do tempo

Sem pressa de ir ou vir

Sem a certeza de você

Sem a certeza de mim...

Marsoalex
Enviado por Marsoalex em 14/11/2010
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