Injustiças temporais

Não é justo,

Que as ruas percam seu sentido, sua direção,

Que os transeuntes percebam o meu caos interno,

Que o sol não me espere mais para se por.

Não é justo,

Que as borboletas vivam tão pouco,

Que essa dor perdure para sempre,

Que a primavera seja tão breve quanto foi o nosso amor.

Não é justo,

Que as margaridas murchem à espera de um bem me quer,

Que o relógio da sala pare sem corda,

Sem nenhuma razão para existir.

Daniel M Moreira
Enviado por Daniel M Moreira em 14/11/2010
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