Olhos Vazios
Olhos vazios
De lágrimas inundados
Dias solitários sempre frios
Castelos e sonhos inacabados
Num horizonte distante
Vicejam campos e flores
Numa primavera constante
Onde dois amantes vivem seus amores
Mas junto à janela,
Lá está ela
A Julieta abandonada por seu Romeu
Se perguntando onde está o amor que a história prometeu
Passaram-se as horas, os anos
E a cada dia, perdem-se as esperanças e os encantos
Ela pergunta aos astros, lê as mãos com os ciganos
E o destino não responde se ele voltará para os seus acalantos
A caneta é companheira fiel
Traça sobre o papel
Poemas que contam tão breve história de amor
E enquanto riscam leves traços, vê-se em seus olhos doce fulgor
Fulgor de esperança de tê-lo novamente em seus braços
De percorrer com as mãos cada um de seus traços
De sentir novamente seus ósculos, seus lábios, sua voz
De poder jogar-se em seus braços, suave e feroz.
13-09-2010.