VIDA
Esse teu cheiro doce que me sufoca em desejos
Na desventura da aventura que não tive
No morrer de amor que no coração me vive
Na escuridão de sentidos, claros lampejos
Fibrilação atrial atrita meu futuro
Na falta de ar causada pelo amor pleno
Acaricia o corpo, arranhar ameno
Faz-se claro o amor nesse quarto escuro
Quando explosões e paz se encontram catarse
Impasse do beijo; o bem e o mal, enlace
Primavera invade o outono, florida
Línguas molhadas sedentas buscam saciar-se
Na sofisticação dessa nossa pieguice
Dois corpos mortos que encontraram a vida