Marcas...

Marcas

Hoje acordei sem vontade de levantar.

As negras nuvens que tampavam o sol diziam

Que a natureza também não queria despertar.

As pessoas estão andando cabisbaixas

E dos pássaros, não se ouve nem uma nota sequer.

Eu achei que o tempo apagaria tudo isso.

Ledo engano!

As feridas já não doem mais, mas as marcas,

Continuam tão visíveis quanto antes.

Como pode um homem esquecer-se de sua amada?

Procurei essa resposta em diversões pelas noites.

Fantasias... máscaras... músicas...

Mas a resposta permaneceu-me oculta.

Procurei, então, a resposta em outros amores.

Mas em cada rosto que eu contemplava,

Era sempre o teu sorriso que me encantava.

Sem saber o que fazer, volto-me para ti.

Aqui estou, mais uma vez,

Sem saber o que dizer e aonde ir.

Perdido... Louco... Desesperado... Apaixonado...

Esperando você voltar para, enfim,

Uma canção de amor eu conseguir cantar.

Diogo Gomes de Andrade

Ipanema MG; 06/09/2010