Amor dividido.
Nos horizontes gigantes
Do meu céu de ilusões
Eu unir três corações,
E amei duas amantes,
Nos meus caminhos errantes
Só vejo a linda alvorada
E eu beijo a face corada
De quem não quero por perto
Procuro o caminho certo
E só bato na porta errada.
Falta luz na minha aurora
Quando o nome dela eu chamo
Eu digo: Amor, eu te amo!
Mas só da boca pra fora,
A paixão me revigora
E da paixão faço a novela
Porque quando estou com ela
Penso na outra paixão
Porque o meu coração
Gamou na outra donzela.
Amo, a que não me ama
E a que me ama, eu não quero!
Pois esse amor tão severo
Deixou em mim esse drama,
Meu castelo foi à lama
Quase morri de paixão
E guardei no meu coração
A fisionomia dela
Pois é bom sonhar com ela,
Mesmo sendo ficção.
A que me ama pediu
Que eu esquecesse a donzela,
E que eu fosse pros braços dela,
Falou assim e sorriu,
Meu coração se partiu
E a ela eu pude dizer:
Essa guerra eu vou perder
Porque já fui atingido,
Quem tem amor dividido
É sofredor sem querer.
Mas se outra me amasse
Eu nem contaria dois
Não deixava pra depois,
Para não haver impasse
Me aproximava com classe
E me sentava ao seu lado
E falaria apaixonado
Com minha voz meio rouca
Quando beijar sua boca
Posso morrer sossegado.
Não sei se isso é feitiço,
Mas estou enfeitiçado
E meu coração é culpado,
Por eu passar tudo isso
Eu queria um compromisso
Sério pra ficar com ela,
Mas essa minha novela
Teve um final infeliz
Que eu só seria feliz
Se eu ganhasse o amor dela.
Rafael Neto 09/11/2010