A FLOR SOBERANA

Só eu conheci a mais bela flor

no plano desconhecido do destino

no universo do meu esplendor

ou em algum plano divino.

Teus olhos tristes que reluzem,

despertam-me para o amor

lábios sequiosos que produzem

o desejo pela mais bela flor.

O jardim regado com o teu perfume

na noite amorosa, convidativa,

tão esperado humano costume

de dois amores, uma idéia lasciva.

Não é pecado amar-nos tanto,

nem condenável pelo santo

quando se unem lindamente

os nossos corpos latentes.

Um corpo túmido de exercitar

caminha para se recompor

usando um jeito próprio de amar

na conquista da mais bela flor.

Enfrento mansamente um dilúvio

para estar alguns minutos ao teu lado

percorro feliz todo o subúrbio

de coração apaixonado.

Ao bafo tépido que sopra o dia,

dos limos que exalam agonia

consola-me a flor da minha alegria

confirmando-me a minha teoria.

E eu prosto-me defronte deste ardor,

na vivacidade de nossas vidas

junto da mais linda flor

e das forças que estão nela contidas.

Assim sorvo num só hausto

a água ardente em celebração

e contente nesse dia fausto

elevo para o alto o copo na mão.

Que na velocidade dos dias

eu esteja a cada fim de semana

que tanto aguardo - horas tardias

estar com a minha flor soberana.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 11/11/2010
Código do texto: T2610472
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