A FLOR SOBERANA
Só eu conheci a mais bela flor
no plano desconhecido do destino
no universo do meu esplendor
ou em algum plano divino.
Teus olhos tristes que reluzem,
despertam-me para o amor
lábios sequiosos que produzem
o desejo pela mais bela flor.
O jardim regado com o teu perfume
na noite amorosa, convidativa,
tão esperado humano costume
de dois amores, uma idéia lasciva.
Não é pecado amar-nos tanto,
nem condenável pelo santo
quando se unem lindamente
os nossos corpos latentes.
Um corpo túmido de exercitar
caminha para se recompor
usando um jeito próprio de amar
na conquista da mais bela flor.
Enfrento mansamente um dilúvio
para estar alguns minutos ao teu lado
percorro feliz todo o subúrbio
de coração apaixonado.
Ao bafo tépido que sopra o dia,
dos limos que exalam agonia
consola-me a flor da minha alegria
confirmando-me a minha teoria.
E eu prosto-me defronte deste ardor,
na vivacidade de nossas vidas
junto da mais linda flor
e das forças que estão nela contidas.
Assim sorvo num só hausto
a água ardente em celebração
e contente nesse dia fausto
elevo para o alto o copo na mão.
Que na velocidade dos dias
eu esteja a cada fim de semana
que tanto aguardo - horas tardias
estar com a minha flor soberana.
(YEHORAM)