Aroma

Sugo o néctar que vem,

De tua superfície triangular!

Sinto o desejo que tem,

Deuses do olimpo, é singular.

Toda a minha vida é tua,

Corpo, alma e sentimento.

Fremindo assim ao ver-te nua,

Somos um só nesse momento.

Ao delirar de prazer sinto também,

Os eflúvios que sobem como vulcão!

E tudo isso pra vida faz tão bem...

Mas não passo de um pobre beija-flor,

Não bate compassado, vibra o coração,

E vai embora em busca de outro fragor.