Delírios de amor

Riscando à brisa um vago

Perde-se no sonho o artista

- Cria seus lávios!

Longa cabeleira toca-lhe

Em suspiros a bailar.

Vê, do luar, quão doce orvalho

Desprender o seu olhar...

Tal qual um lago adormecido

Tinge-lhe o sorriso.

Entrelaça os dedos aos cabelos

Separando-os em tranças

Lembra a trança, esboça um beijo

Palpita-lhe o peito...

- Coração em suor desmancha!

Carne morna cheirando à fruta

Pintura crua que a ilusão vivifica

Lábios contidos - tocar não se atreve!

E o delírio acorda nosso artista:

Nas mãos pincel...

No olhar Michele!

Clodoaldo Dias dos Reis

Dias Reis
Enviado por Dias Reis em 10/11/2010
Código do texto: T2606746
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