BRAÇOS DE SEREIA

Há quanto tempo navego em turbulentas águas,

enquanto os oceanos confundem teu perfume,

quantas orações para afugentar as máguas,

que me tiram aos poucos da vida o lume!...

Por um instante foram minhas suas mãos,

emoções desconcertadas extravasaram,

minhas mãos com força seus dedos apertaram,

não cabia em mim, a alegria do meu coração!...

Como fui deixar mesclar tempo, distancia e saudade,

e como posso continuar vivendo essa angustia,

se a cada passo relembro cores que me invadem,

e na memória a lembrança não se perde e me judia?

Um azul e dourado descem as escadas do meu pensamento,

o marrom em frente e verso contrasta com halos perfumados,

o vermelho envergonhado bloqueia a vida num momento,

e o preto por ser básico ganhou lugar mais destacado!...

Quando aportarei para viver os ares do teu âmago,

me envolvendo nas praias sob coqueiros e cachoeiras,

quando me encontrarei de novo em seus braços de sereia,

para o abraço que descarrega todo amor que eu trago?

Simplesmente aguardo por assim ser o amor paciente,

mas morro a cada intante que penso em ti,

misturo a vontade de ter você aqui,

com a vontade de estar contigo eternamente!...

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 08/11/2010
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