BRAÇOS DE SEREIA
Há quanto tempo navego em turbulentas águas,
enquanto os oceanos confundem teu perfume,
quantas orações para afugentar as máguas,
que me tiram aos poucos da vida o lume!...
Por um instante foram minhas suas mãos,
emoções desconcertadas extravasaram,
minhas mãos com força seus dedos apertaram,
não cabia em mim, a alegria do meu coração!...
Como fui deixar mesclar tempo, distancia e saudade,
e como posso continuar vivendo essa angustia,
se a cada passo relembro cores que me invadem,
e na memória a lembrança não se perde e me judia?
Um azul e dourado descem as escadas do meu pensamento,
o marrom em frente e verso contrasta com halos perfumados,
o vermelho envergonhado bloqueia a vida num momento,
e o preto por ser básico ganhou lugar mais destacado!...
Quando aportarei para viver os ares do teu âmago,
me envolvendo nas praias sob coqueiros e cachoeiras,
quando me encontrarei de novo em seus braços de sereia,
para o abraço que descarrega todo amor que eu trago?
Simplesmente aguardo por assim ser o amor paciente,
mas morro a cada intante que penso em ti,
misturo a vontade de ter você aqui,
com a vontade de estar contigo eternamente!...