Pelas palavras que não dizem mais
Eu me calo e te amo em silêncio
Pelo que não sei mais e não sinto
Eu te amo por mim mesmo à esmo
Por toda a distância e os desertos
Eu te amo na sede que não sacia
Em todos os lugares onde não estejas
Para que não vejas o olhar desse amor
Eu te amo ao menos mesmo em sonhos
Para acordar ainda te amando
Enquanto dormes e te esqueces
Eu te amo até no esquecimento
Para que não lembres de mim
E finjas que não me conheces
Para que não me saibas o mesmo
Que te amo o tanto que não queres
E se tornas o olhar indiferente
E não queres ver tanto que te amo
Amo-te na escuridão sozinho
Bem devagarinho para não acabar
O amor que te tenho que não te brilha
Mesmo que nunca mais venhas
Eu te amo nessa solidão só minha
Que o amor não morre sozinho
Eu levo comigo para onde me perco
E até para onde morro eu levo
As marcas desse amor como enigma
Teu nome escrito nas estrelas
Que mesmo que não vejas
Ainda brilham e me consolam
Por tudo que buscas como cura
Eu te amo mesmo na dor que me sobra
Que ela seja mais minha do que tua
Eu te amo no imenso vazio da casa
Eu te amo na tristeza que passeia a rua
E quando o sol nasce e nem mais notas
Eu te amo nas noites frias e solitárias
Na prateada solidão da lua
Cada coisa minha como se fosse tua
Eu te amo a roupa que vestes
E te amo imaginar-te nua
E cada lembrança tua com se estivestes
A lembrar-te da felicidade que me deste
E que eu tenha só para mim toda tristeza
De ao menos imaginar-te sorrindo bela
Como se teus cabelos à janela fossem
Por mim uma pintada tela que nunca fugisse
Como cores de minha mente e na mão
Um traço que eu nunca perdesse
Eu te amo tão fundo aqui dentro
Como se te parisse no dia que amanhece
Eu te amo tanto como se nem soubesse
Eu te amo mesmo um amor sem sentido
Sem rumo nem direção, sem destino
Como um desatino de quem se esquece
De si mesmo para amar quem não me quisesse
Eu te amo como se nunca partisse
E mesmo que nunca no tempo viesse
Eu te amo como se nunca mais me visse
No que nunca se disse nem numa prece
Eu te amo tanto como se eu existisse
Eu te amo, enfim, até depois do fim
De todas as coisas que me fazem viver
Eu te amo assim e nem me importa morrer
Me perdoa porque eu te amo por querer
Eu te amo mesmo que não mais queiras
Contra tua vontade eu te amo sem medo
E, se for preciso, te amo não te amando
Para que te alivie do peso desse amor
E possas estar em paz esquecida dele
E eu possa assim te amar em segredo
(Poesia On Line, em 08/11/2010)
Eu me calo e te amo em silêncio
Pelo que não sei mais e não sinto
Eu te amo por mim mesmo à esmo
Por toda a distância e os desertos
Eu te amo na sede que não sacia
Em todos os lugares onde não estejas
Para que não vejas o olhar desse amor
Eu te amo ao menos mesmo em sonhos
Para acordar ainda te amando
Enquanto dormes e te esqueces
Eu te amo até no esquecimento
Para que não lembres de mim
E finjas que não me conheces
Para que não me saibas o mesmo
Que te amo o tanto que não queres
E se tornas o olhar indiferente
E não queres ver tanto que te amo
Amo-te na escuridão sozinho
Bem devagarinho para não acabar
O amor que te tenho que não te brilha
Mesmo que nunca mais venhas
Eu te amo nessa solidão só minha
Que o amor não morre sozinho
Eu levo comigo para onde me perco
E até para onde morro eu levo
As marcas desse amor como enigma
Teu nome escrito nas estrelas
Que mesmo que não vejas
Ainda brilham e me consolam
Por tudo que buscas como cura
Eu te amo mesmo na dor que me sobra
Que ela seja mais minha do que tua
Eu te amo no imenso vazio da casa
Eu te amo na tristeza que passeia a rua
E quando o sol nasce e nem mais notas
Eu te amo nas noites frias e solitárias
Na prateada solidão da lua
Cada coisa minha como se fosse tua
Eu te amo a roupa que vestes
E te amo imaginar-te nua
E cada lembrança tua com se estivestes
A lembrar-te da felicidade que me deste
E que eu tenha só para mim toda tristeza
De ao menos imaginar-te sorrindo bela
Como se teus cabelos à janela fossem
Por mim uma pintada tela que nunca fugisse
Como cores de minha mente e na mão
Um traço que eu nunca perdesse
Eu te amo tão fundo aqui dentro
Como se te parisse no dia que amanhece
Eu te amo tanto como se nem soubesse
Eu te amo mesmo um amor sem sentido
Sem rumo nem direção, sem destino
Como um desatino de quem se esquece
De si mesmo para amar quem não me quisesse
Eu te amo como se nunca partisse
E mesmo que nunca no tempo viesse
Eu te amo como se nunca mais me visse
No que nunca se disse nem numa prece
Eu te amo tanto como se eu existisse
Eu te amo, enfim, até depois do fim
De todas as coisas que me fazem viver
Eu te amo assim e nem me importa morrer
Me perdoa porque eu te amo por querer
Eu te amo mesmo que não mais queiras
Contra tua vontade eu te amo sem medo
E, se for preciso, te amo não te amando
Para que te alivie do peso desse amor
E possas estar em paz esquecida dele
E eu possa assim te amar em segredo
(Poesia On Line, em 08/11/2010)