À ESPERA DO AMOR
Se ela virá, não sei.
espero teimosamente em meu canto,
com todo o encanto que senti
ao descobrir:
ela existe.
Percebo cada segundo
arranhando a minha pele.
Não, ela não demora.
Pior seria se eu não tivesse
a quem esperar.
Quando ela chegar,
nenhum navio deixará o porto,
nenhuma criança resistirá ao sono,
a noite chegará furtiva
como um anjo flanando.
As flores serão cobertas
por sereno e estrelas,
e os seresteiros cantarão
doces cantigas de alegria,
e eu sorrirei.
Quando ela chegar,
as areias da praia bailarão
ao sopro do vento que virá
do outro lado do rio,
de outro recanto da vida.
E deitaremos, lado a lado,
corpos colados,
olharemos a lua cruzando
o mesmo céu de outros poetas,
outros cantores do mundo.
Se ela virá, não temo.
Há uma fé rediviva em mim
e, dentro, queima a fogueira
de uma certeza:
ela existe.
E essa fogueira iluminará
a noite que já vem.
Se ela virá, não sei.
espero teimosamente em meu canto,
com todo o encanto que senti
ao descobrir:
ela existe.
Percebo cada segundo
arranhando a minha pele.
Não, ela não demora.
Pior seria se eu não tivesse
a quem esperar.
Quando ela chegar,
nenhum navio deixará o porto,
nenhuma criança resistirá ao sono,
a noite chegará furtiva
como um anjo flanando.
As flores serão cobertas
por sereno e estrelas,
e os seresteiros cantarão
doces cantigas de alegria,
e eu sorrirei.
Quando ela chegar,
as areias da praia bailarão
ao sopro do vento que virá
do outro lado do rio,
de outro recanto da vida.
E deitaremos, lado a lado,
corpos colados,
olharemos a lua cruzando
o mesmo céu de outros poetas,
outros cantores do mundo.
Se ela virá, não temo.
Há uma fé rediviva em mim
e, dentro, queima a fogueira
de uma certeza:
ela existe.
E essa fogueira iluminará
a noite que já vem.