UMA CANÇÃO...
Eu tenho o silêncio da lua
e um cacho de sons se solta
da mudez facetada de cores
de uma canção oculta.
É minha a canção da lua.
Eu tenho o tom e tenho a lira
que compassam os segredos
de indizível sinfonia.
Eu tenho o silêncio da rua:
um trovador sob a janela
desfia a canção anônima,
inundada de lua.
Eu tenho uma canção. Infinita...