Enfermeiro do Amor
Sofro com teu sorriso de gelo
E me perco nos miasmas da imensidão,
Os sonhos que me acariciavam o coração
Mergulharam num vácuo onde não consigo percebê-los.
Numa atmosfera turva vou tateando devagar
Em busca de uma esperança que me restitua os devaneios,
Mas teu olhar de pedra os destruiu em meu seio
E me tornei um paraplégico na arte de amar.
Com tua cobarde e insensata indiferença
Meu coração já não sabe o que pensa
E navega na mágoa sonsa de um imenso chafariz...
Minha desdita me consome por inteiro,
Sou de mim meu próprio enfermeiro
A cuidar de um coração abandonado e infeliz!
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