Fugir de quê…?
Da sombra que te persegue
E que tal como tu
Sabem o segredo que escondes
Na tua escuridão
A farpa terrível
Que espetaste
Bem no centro do coração
Quando abriste a porta
A coisas que não prestam a ninguém
Que magoam
Quem amas
Ou quem queres proteger
Mas foi a elas que feriste
Não sabendo bem se de propósito
Se sem querer…
Não te sabendo definir
Se um monstro
Ou se um anjo caído
Em desgraça
Ou nas boas graças
De quem não interessa
Ou quem não devia interessar
Sendo que no fim de mais um dia
Só a porta delas está aberta
E não as pessoas
Que te deveriam realmente querer…
Sentes então
Que és a pior pessoa do mundo
Que não pertences
Onde devias pertencer
Que não estás
Onde deverias estar
E por isso não te resta outro caminho
Que não seja fugir de ti própria
Pois nas alturas que realmente interessam
Ninguém, mas mesmo ninguém
Quer estar contigo…
Foge pois, mas de nada te adianta fugir…