Hino á poesia (dedicada á Aksha)

Acabaram-se as primaveras,

O sol já não irradia como antes,

Os versos não permacem intactos,

Foram rompidos pelos ruídos dos carros.

Arrancaram as asas dos anjos,

E fragmentaram o som do silêncio,

O mundo calou-se a poesia…a calou.

Mas não a enterrou como seus filhos,

Pelo menos ainda acredito,

Que a poesia personifica meus sonhos,

E o seus.

Escreverei nas paredes do infinito,

Versos ocultos para somete você ler.

E somente os pássaros poderam te dizer,

O que meu silêncio diz,

Escreverei nos meus olhos o quanto amo,

E imóvel, estático, conduzirei meu canto.

Não deixarei com que matem nossos sonhos,

Fingirei que sou cego e mudo,

Fingirei ser do mundo,

Direi que o amo.

E diante dos olhos surdos,

Glorificarei meu amor por ti,

Entregarei meu corpo ao falsos,

Mais meu espirito ficará intacto.

E em meus olhos ficará gravado,

Jamais morrerá a poeisa,

Pois ela esta além de meu corpo,

E mesmo depois de morto,

Ela ainda reinará em mim.