E Quando…
Não estás por perto
Eu não sei se me sinto
Bem
Ou apenas mal
Sei que me sinto
Um algo de especial…
Não te podendo ver nos olhos
Apenas ouvir-te
Tal me dá uma estranha sensação
Aquela de duvidar
Se realmente
Em mim existes…
Na chuva que persiste
Quando penso em ti
Nas palavras que saem mais melancólicas
Na distância
Num sono conturbado
No qual adormeci
E permiti
Que avançasses
Para perto de mim…
Onde não me sinto bem
Pelas máscaras que tenho de usar
Para te agradar
Pelo medo que tenho
Que se o meu verdadeiro rosto te mostrar te possas afastar…
Sentindo-me assim uma espécie de impostor
Pela falta da tal revelação
Mas depois penso que se ambos sabemos de tal
Para os dois
Poderá haver culpa
Poderá haver absolvição
Sim somos ambos especiais
E ao mesmo tempo banais
Quando insistimos em desistir dos nossos
Para abraçar do outro os seus ideais
Pela força da sedução
Temida pela sua fraqueza
Pela força de irmos contra o que somos
Indo assim contra a nossa natureza…