Tão Especial…
De uma forma tão intensa
Que quando a poeira das luzes
Da contemporaneidade
Assentarem
Te tornas banal…
Na luz que irradias
Na luz que me cega
Na luz
Que de uma espécie de um precipício
Me abeira…
Em vozes que me inundam a escrita
Quer de noite
Quer de dia
Palavras únicas no principio
Mas que se tornam vulgares a meio
E no fim demasiado comuns
Quando o sonho acaba
Ou o efeito da bebedeira passa
E é tempo de acordar
É tempo de ficar sóbrio
É tempo de querer
O que fica
Não o que passa
O que posso tocar
Sem me magoar
Um lugar
Onde possa ficar
Uma espécie de algo Imortal
Que não tens
Eu é que te continuo a passar tantos atestados
Escritos e orais de boa vontade
É que continuo a pensar
Que és
Tão Especial…